domingo, 3 de agosto de 2008

Duas vidas dedicadas ao Ballet - parte 8

No ano de 1974, também em novembro, fizemos nova apresentação, não teve um nome específico (mamãe não colocava nomes nos espetáculos, eu é que comecei colocando) só tinha o nome da Escola na capa.. Depois que fiquei como assistente de mamãe, eu e meu marido passamos a fazer os programas, que eram batidos na máquina de escrever, qualquer errinho, principalmente no nome das alunas, era um transtorno, e quando era a prova final então? A última, antes de ir para a gráfica! Hoje é tudo tão fácil, com o computador.....
Um episódio engraçado, mas quase trágico, aconteceu num ensaio. Eu tinha uma aluna (eu dava as aulas para baby até primeiro ano básico), que era uma “capetinha”, levadíssima!
No ensaio geral, ela aprontou tanto que as mães das outras pequeninas que dançavam no mesmo número que ela, era “Sonho de uma noite de verão” onde tinham flores, borboletas, passarinhos, abelhinhas, joaninhas ( ela era joaninha), me deram um ultimato,.
- Ou a senhora tira esta menina da dança ou nós tiramos as nossas.
- Imagine a situação, como poderia fazer isso? No ensaio geral? Um dia antes do espetáculo?
Então falei com a própria menina, na época acho que tinha uns 5 anos, e pedi que se comportasse, que fizesse tudo direitinho.....
E ela fez! O espetáculo foi tão bonito! Este número das abelhinhas foi um sucesso! As mães ficaram admiradas do comportamento dela e até se arrependeram de ter me dado aquele ultimato. A menina, Ana Amélia, no ano seguinte foi morar no Rio de Janeiro, estudou ballet lá e voltou, anos depois para a nossa escola, e foi uma das melhores alunas.
Deve ter sido um problema desagradável para eu ter me esquecido do porquê de não termos feito a seguinte apresentação em 1976, como seria o normal. Realmente não me lembro!