domingo, 3 de agosto de 2008

Duas vidas dedicadas ao Ballet - parte 13

Fizemos Desfiles Shows incríveis, muito lindos, todos enchiam o salão do Clube 12 de Agosto.
Ela e eu trabalhávamos à beça, mas dava muita satisfação. Chegamos a ganhar o prêmio “Plumas e Paetês” em 91 e 92. Os defiles eram realmente muito bonitos, nós fazíamos um Show mesmo!
O próximo festival, foi em 1989, meu filho caçula tinha se acidentado de moto e ficamos vários dias no hospital, eu não podia perder tempo, então lá mesmo fiz muitos adereços para as fantasias, bordei muito também.
Apresentamos na primeira parte, uma história infantil “Alice no Mundo Encantado”. Neste ano mandei fazer um cenário ( por um primo de meu marido, o Plínio Verani) que ficou muito bonito, era uma floresta com arvores de carinhas engraçadas, e foram feitas muitas alegorias e máscaras do mesmo material de pranchas de surf. Gastamos uma fortuna, desta vez tive prejuízo, mas valeu a pena! Ficou maravilhoso! Fiquei escutando “bronca” de meu marido por anos, mas não me arrependo!
Esta parte que era a parte das crianças, fizemos com músicas lindas de um disco americano, e eu fiz as letras das músicas, fizemos um Play back com as meninas do coral do Clube 6 de Janeiro, (do professor Ildo Serafim) elas cantavam e nossas alunas “pareciam”cantar.
A fantasia dos Papagaios ficou tão interessante, e as meninas eram tão engraçadinhas que fez muito sucesso, quando entravam no palco era uma gargalhada geral!
Neste espetáculo eu participei também como o Coelhão (com roupa bem larga, uma barriga enorme, uma cabeça de coelho linda ) me diverti muito! Foi bom para me desestressar, pois tinha tido um desgosto este ano. Uma professora de clássico, me fez uma grande traição .
O pai de uma aluna adulta, ofereceu para a filha uma sala grande no centro da cidade para que ela abrisse uma escola de dança. Ela convidou minha professora, e esta me deixou.
Até aí tudo bem, a traição foi a maneira como fizeram. Nós, nesta época já tínhamos o computador e eu fazia o cadastro das alunas com nome, endereço, telefone etc.....
Este cadastro desapareceu, e mais tarde soube que elas telefonavam para nossas alunas convidando para entrarem na escola delas. Deus é pai! Há já alguns anos que a escola delas fechou, e a minha ainda está funcionando! Neste ano entrou para a academia a Bárbara Rey, como professora de clássico. Ela tinha sido aluna da Sandra Nolla.
Neste espetáculo tive o grande prazer de ver Gabriela, minha primeira neta já dançando, como “estrelinha”, foi emocionante!
Lembro-me que nesta época ainda era preciso que eu fizesse um pedido de liberação das alunas menores , ( todos os anos era feito ) por ofício, ao juizado de menores, com o nome e data de nascimento de todas, era incômodo, mas necessário. Então fiz o ofício, e recebi uma resposta do juiz, que guardo até hoje, com um elogio tão grande, dizendo que pela idoneidade e trabalho tão belo feito por nós, daquela data em diante não precisaríamos pedir mais autorização. Foi gratificante e ao mesmo tempo aliviante, pois eu não precisaria fazer aquele trabalho maçante de bater na máquina ( não havia o computador ainda ) todos aqueles nomes e datas ( tínhamos centenas de alunas menores ).