domingo, 3 de agosto de 2008

Duas vidas dedicadas ao Ballet - parte 16

O ano de 1996 foi um ano bastante proveitoso para a escola, o grupo se apresentou em várias ocasiões, além do espetáculo anual da escola. Este ano o cenário foi simples, mas ficou bonito. Idéia do nosso professor de Jazz, o Alejandro.
Eram caixas de todos os tamanhos, inclusive uma de geladeira, deu trabalho para conseguir. Lembro-me que fui em algumas lojas pedindo caixas vazias e me disseram que no final do expediente sempre tinha, voltei as 18 horas. Um desses catadores de papelão já tinha pegado minhas caixas, quase peguei ele no tapa......( brincadeirinha). Tive de falar com muito jeito para que ele me desse as caixas, que pintei, algumas em azul, outras em amarelo e outras em vermelho, e penduramos em três fios de nylon que vinham do alto e umas tiras de plástico também nas mesmas cores. Ficou barato e deu um efeito bonito! O espetáculo foi diferente também na maneira de se finalizar cada número, enquanto umas meninas iam saindo do palco, as outras já iam entrando, não ficava intervalo nenhum entre os números, se mixava as músicas. Ficou bem interessante! Neste ano entrou para nossa academia a professora de ballet Marta de Moura, e nos deixou, o Alejandro, pois o seu Grupo de Dança, o Cena 11 começou a fazer sucesso no Brasil e até no exterior. O sucesso foi merecido!
1997, neste ano apresentamos um ballet completo, o sonho da minha vida, a “A Bela Adormecida”, e pela primeira vez fizemos um cenário realmente maravilhoso. Contratei um ótimo cenógrafo, sr Chiarello.. Ficou tão lindo, que quando a cortina se abriu, senti que a platéia delirou! Foi emocionante!
Era um sonho meu, poder apresentar um ballet de repertório completo. No ano de 95 apresentamos, mas foi uma Suíte, quer dizer, uma pequena parte de um ballet. Agora não, era o ballet inteiro, como as grandes companhias. Foi uma grande pretensão, mas com muito ensaio e dedicação montamos o espetáculo. E foi maravilhoso!
As meninas foram ótimas, dançaram muito bem. Contratei um bailarino de Porto Alegre, para fazer o papel do príncipe, pois aqui não temos bailarinos clássicos, não com a técnica que seria preciso.
Desde 95 que começamos a apresentar os espetáculos anualmente, sentimos que as alunas se mostravam motivadas com as apresentações, e os pais que gastavam, não reclamavam, ao contrário, incentivavam.